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Novos modelos de negócios devem ser meta de empresas inovadoras

30/10/2015


Porque as empresas fracassam? A pergunta parece inicialmente simples, mas envolve diversos fatores, que podem variar desde uma decisão errada da gestão até a incapacidade de inovar no mercado. Companhias como Apple, Google, IBM e Samsung são apenas alguns exemplos de entidades que adotaram iniciativas abertas de inovação para expandir os horizontes de suas organizações. Mas, para manterem-se inovadoras, precisaram derrubar processos corporativos defasados, estimular novas tecnologias e criar um novo modelo de negócios.

Durante a palestra "Inovação e criatividade em cenários desafiadores", realizada no Fórum Nacional do Comércio, em Brasília (DF), estratégias para inovar nas instituições, principalmente durante a crise econômica vivida pelo Brasil, foram pontuadas por especialistas no setor. Para Rivadávia Drummond, presidente da HSM Educação Executiva - referência nacional em gestão de empresas - a palavra chave para inovar é uma: mudança.

"O problema é que todo executivo e gestor acha que inovação é só tecnologia ou só o produto. Mas 80% do investimento que você faz é em inovação contínua, inovação incremental. Ou seja, é fazer melhor o que você faz. Sair da zona de conforto e mudar. Se o seu processo de entrega demora 12 dias, e agora você faz em três, e mais barato, você fez a inovação funcionar", explicou.

Um exemplo citado pelo especialista foi a empresa Kodak. Líder na produção de filmes fotográficos, teve sua falência decretada em 2012, devido à queda desenfreada nas vendas de seus produtos causada pela ascensão da fotografia digital. "Quando as empresas que deram certo continuam repetindo o que fazem, ao envelhecerem, elas se tornam máquinas de bom desempenho, mas também se tornam terrenos muito inférteis para inovar, porque ficam apegadas aos mesmos processos, com uma visão estreita de futuro", comentou.

Para Drummond, há oportunidades na crise, mas que não vão dar frutos devido a paralisia vivida pelas empresas, com medo de se arriscarem. Uma forma de tentar evitar possíveis perdas, na sua avaliação, é sempre ver, no final, qual a necessidade do cliente. "Se concentre em responder qual o problema que seu cliente quer resolver. Que tarefas ele quer executar, e como você pode ajudar isso tornando a vida dele mais fácil, mais simples, mais barata, mais conveniente e mais alegre", declarou.

Uma inovação nesse sentido mencionada por Drummond foi do aplicativo Uber, que tem sido motivo de confrontos com taxistas em todo o País, temerosos por perderem seus clientes para a competição. "Milhões de pessoas no mundo inteiro querem abraçar a solução, porque é mais fácil, mais barata, mais conveniente. Ainda assim, se o Uber não vingar, tranquilamente uma outra tecnologia vai acontecer. Esse é o mundo que a gente vive hoje."

Pontos principais

Segundo o especialista, a inovação só consegue ser uma alavanca para os negócios caso seja aplicada pelos empreendedores em quatro pontos principais: na estratégia da empresa; nas soluções para os processos que vão dificultar a execução dos seus trabalhos; nas ferramentas que precisam utilizar; e na forma como medir o grau de sucesso da companhia. "A primeira coisa para entender inovação é começar pela estratégia. Não tem estratégia sem inovação, e ela deve ser clara, para saber como sua organização vai crescer."

Para o empresário Álvaro Silveira, distribuidor de remédios para pequenas farmácias no Distrito Federal, utilizar ferramentas atuais, como as redes sociais, são essenciais para promover mudanças e ampliar o número de clientes. "Com o Google e Facebook se consegue atrair clientes, divulgar produtos, por um custo mais baixo de mídia, e selecionando em que perfil de cliente se deseja atuar. Esse é um tipo de inovação que se encaixa nas proposições da palestra", comentou.

(Agência Gestão CT&I - 29/10/2015 e Foto: Divulgação/HSM Educação Executiva)