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O Instituto Eldorado é considerado o segundo maior centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) do País na área de tecnologia da informação e comunicação (TIC). Começou há 16 anos com um espaço em Campinas (SP), expandindo mais tarde para Porto Alegre (RS) e Brasília (DF), este último com foco em projetos de desenvolvimento de softwares. Agora, a entidade tem como meta ampliar o rol de atividades em várias áreas do conhecimento que além das previstas no setor de informática.

Em comemoração aos cinco anos da unidade de Brasília, celebrados nesta quarta-feira (30), o superintendente do Eldorado, Jaylton Ferreira, detalhou os segmentos que a instituição pretende desenvolver projetos. "Nós, hoje, não estamos olhando só pra informática. Estamos olhando também pra área de setor elétrico, de energia, de saúde, pro setor automotivo, de gás e óleo, ou áreas que também sejam ligadas a educação. É uma maneira de não ter concentração em apenas um ponto e manter o crescimento", informou.

Para executar o plano de ampliar o número de áreas do instituto, Ferreira destaca a necessidade do estar sempre trabalhando com tecnologias emergentes. "Inovação é sobrevivência. Precisamos estar à frente dos nossos parceiros oferecendo coisas novas, estudando tecnologias como Internet das Coisas, Big Data, visão computacional, realidade virtual. Não necessariamente associado a projetos, mas a programas que vamos discutir no futuro", comentou.

Segundo o vice-presidente pela Região Sudeste da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI) e executivo de Desenvolvimento de Negócios e Relações Institucionais do Instituto Eldorado, Paulo Ivo, a expansão para novas áreas já está acontecendo. "No setor automotivo, por exemplo, estamos construindo uma câmara de dez metros, que consegue fazer testes em produtos de até 800 quilos, como caminhões. Ela deve estar pronta já em novembro, com uma tecnologia nova em eletromagnetismo."

Brasília

O Eldorado expandiu sua base para Brasília com o intuito de cumprir com o escopo da Lei de Informática, que tem como um de seus maiores objetivos o incentivo a P&D em escala nacional no setor de informática. Com unidades em Campinas e Porto Alegre o instituto atendia apenas as regiões Sul-Sudeste, por isso precisava de um centro que conseguisse abastecer também as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

"Foi uma decisão estratégica e muito importante [abrir uma unidade em Brasília], porque a partir de então ofertamos um portfólio nacional, tendo mais de 50 empresas parceiras e 800 funcionários, sendo que 80% da nossa receita está em 20% dos nossos parceiros. Isso nos fortalece e nos faz não depender de um só nicho", explicou o superintendente da Eldorado.

De acordo com o coordenador geral de Tecnologia da Informação da Secretaria de Políticas de Informática do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Adalberto Afonso, o instituto é a entidade do País que mais utiliza os recursos captados da Lei de Informática. "Com a vinda da Eldorado à Brasília, ela cria uma difusão de uma tecnologia que nasce em Campinas e vem para o restante do País. É uma troca de projetos, conhecimento, de participação com outros institutos que vai se disseminando. Isso fortalece essa integração de projetos tecnológicos."

"Agora nosso foco é investir em Brasília. A mão de obra aqui atende hoje os requisitos que nós e nossos clientes necessitam, como saber inglês e ter conhecimento em diferentes tecnologias. Aqui fazemos projetos de softwares, dando apoio também em hardwares, e desenvolvendo pequenas partes de softwares que não dependam de laboratório", disse Paulo Ivo.

O Eldorado é uma associação civil, de âmbito nacional, sem fins econômicos, dotada de autonomia administrativa, patrimonial e financeira, que tem por finalidade desenvolver serviços de P&D. A instituto atua hoje nas áreas de TICs, software, hardware, sistemas, processos, ensaios e testes de produtos eletrônicos, com capacitação profissional nestas áreas.

(Agência Gestão CT&I - 30/09/2015)